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21 dezembro 2014
Treinando GlĂșteos
O glĂșteo mĂĄximo Ă© o maior e mais superficial dos glĂșteos, com origem no Ăleo e sacro e inserção no fĂȘmur, tendo como ação principal a extensĂŁo do quadril. Aparentemente, esse mĂșsculo foi criado com a finalidade de produzir movimentos fortes e rĂĄpidos. Algumas evidĂȘncias para isso sĂŁo sua grande ĂĄrea de secção transversa
a em relação ao comprimento, seu Ăąngulo de penação e a elevada proporção de fibras tipo II. Por esse motivo, Ă© recomendĂĄvel que tal mĂșsculo seja exercitado por meio de treinos que envolvam elevada produção de força, fato comprovado em estudo recente (Bryanton et al., 2012). A confirmação dessa sugestĂŁo fica bem clara ao analisarmos o desenvolvimento dessa musculatura em velocistas, saltadores e levantadores de peso, por exemplo.
No entanto, dentro das academias se criou a cultura de trabalhar o glĂșteo mĂĄximo de uma maneira totalmente diferente dessa proposta, utilizando-se pouca carga e muitas repetiçÔes em exercĂcios de isolamento, como a extensĂŁo de quadril em quatro apoios. Interessante notar que a exaltação desse exercĂcio Ă© quase uma exclusividade brasileira, uma invenção que se tornou febre e virou presença obrigatĂłria nos treinos femininos. Mas a utilização de exercĂcios de isolamento para glĂșteos Ă© algo extremamente questionĂĄvel do ponto de vista tĂ©cnico. Alguns aspectos a se considerar sĂŁo:
⹠Ativação muscular
Em um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Belmont, foi analisada a atividade eletromiogrĂĄfica do glĂșteo mĂĄximo em 24 pessoas durante diferentes exercĂcios. De acordo com os resultados, dentre os exercĂcios dinĂąmicos, o que promoveu o maior recrutamento foi o agachamento realizado com uma perna. A popular extensĂŁo de quadril em quatro apoios ficou para trĂĄs, empatada o stiff. Por curiosidade, o agachamento unilateral (prĂłximo ao exercĂcio conhecido como afundo ou avanço), promoveu recrutamento elevado tanto do glĂșteo mĂĄximo quanto mĂ©dio, superando tanto o exercĂcio em quatro apoios quanto os exercĂcios de abdução de quadril em decĂșbito lateral (Boren et al., 2011), ou seja, valeria mais fazer ele do que os outros dois juntos.
Importante destacar que esses testes foram realizados com cargas mĂnimas e sem a observação de alguns parĂąmetros que utilizamos na sala de musculação com o intuito de tornar o exercĂcio ainda mais eficiente, como amplitude de movimento e controle de velocidade. Portanto, se pensarmos nos exercĂcios conforme eles sĂŁo executados na academia, certamente as diferenças em favor do agachamento e do stiff seriam ainda maiores!
Nesse sentido, deve-se reforçar que a participação do glĂșteo mĂĄximo no agachamento Ă© maior quanto maior for a amplitude de movimento. A contribuição do glĂșteo mĂĄximo no agachamento parcial Ă© de 17%, no agachamento atĂ© as coxas ficarem paralelas ao solo Ă© de 28% e chega a 35% no agachamento completo, sendo que, nesse Ășltimo caso, o glĂșteo mĂĄximo Ă© o principal mĂșsculo envolvido no movimento, Ă frente, inclusive, dos mĂșsculos do quadrĂceps (Caterisano et al., 2002). Outro ponto importante Ă© que, durante o agachamento, a musculatura posterior passa a ser mais envolvida quando se utiliza sobrecargas, ou seja, a produção de força Ă© importante (Shields et al., 2005). Inclusive, estudos anteriores verificaram que o aumento de carga no agachamento faz com que haja maior trabalho dos glĂșteos do que dos extensores de joelho (Flanagan & Salem, 2008; Bryanton et al., 2012). A sugestĂŁo Ă© que os mĂșsculos do quadrĂceps seriam totalmente ativados e, para conseguir vencer sobrecargas maiores, os glĂșteos entrariam em ação. Portanto, para envolver a musculatura da cadeia posterior, incluindo os glĂșteos, Ă© importante, usar grandes amplitudes e se trabalhar com cargas elevadas.
Cabe fazer uma pequena observação com relação Ă s variaçÔes do agachamento realizadas com o intuito de enfatizar o trabalho dos mĂșsculos do quadril. Estudos anteriores envolveram anĂĄlises biomecĂąnicas e eletromiogrĂĄficas e verificaram que o grande afastamento dos pĂ©s nĂŁo favorece o trabalho de glĂșteo e nem dos mĂșsculos adutores (McCaw & Melrose, 1999; Escamilla et al., 2000; Escamilla et al., 2002). Inclusive, se pensarmos que hĂĄ maior envolvimento do glĂșteo com o maiores Ăąngulos de flexĂŁo do joelho e quadril, pode-se sugerir que o uso dos pĂ©s muito afastados diminui o trabalho do glĂșteo, por diminuir a amplitude de movimento.
âą Amplitude de movimento e alavancas
Um grande problema dos exercĂcios de isolamento para glĂșteos Ă© a dificuldade de se trabalhar com grandes amplitudes. Durante os exercĂcios com caneleiras, realizados com o joelho flexionado, por exemplo, o braço de resistĂȘncia torna-se muito pequeno ao final da fase excĂȘntrica. JĂĄ quando o trabalho Ă© realizado com o joelho estendido, a musculatura nĂŁo Ă© adequadamente alongada pois o pĂ© baterĂĄ no solo. Em ambos os casos, a redução da amplitude do movimento prejudica os resultados obtidos com o treino, tendo em vista que essa variĂĄvel Ă© extremamente importante para os ganhos de força e massa muscular (Weiss et al., 2000; Massey et al., 2005; Gentil, 2011).
âą Possibilidade de intensificar o exercĂcio
Outro grave problema dos exercĂcios de isolamento Ă© a limitação que se tem no trabalho com grandes intensidades. AlĂ©m do que foi falado anteriormente sobre a importĂąncia da sobrecarga para o caso especĂfico do glĂșteo, deve-se lembrar que, de uma forma geral, para se obter ganhos de massa muscular, Ă© essencial que o mĂșsculo seja estimulado com intensidades adequadas (Gentil, 2011), no entanto, durante os exercĂcios de isolamento de glĂșteos hĂĄ muita dificuldade em conseguir esse trabalho devido Ă interferĂȘncia causada pela fadiga de mĂșsculos posturais e estabilizadores, bem como a dificuldade em se utilizar implementos adequados. Como solução, normalmente se trabalha com margens muito elevadas de repetiçÔes e cargas baixas (treinos com 30 repetiçÔes submĂĄximas, por exemplo) uma estratĂ©gia que nĂŁo funciona para hipertrofia em mĂșsculo algum. As evidĂȘncias cientĂficas sĂŁo claras ao demonstrar que treinos com cargas leves e muitas repetiçÔes promovem poucos ganhos de força e massa muscular (Campos et al., 2002; Fry, 2004; Gentil, 2011).
Por fim o prĂłprio conceito de exercĂcios de isolamento Ă© frĂĄgil. Deve-se deixar claro que a utilização dos exercĂcios de isolamento nĂŁo fornece vantagem em relação aos exercĂcios multi-articulares, seja com relação Ă ativação, aos ganhos de força ou de massa muscular (Signorile et al., 1994; Rogers et al., 2000; Rocha Jr et al., 2007).
Se o glĂșteo Ă© bem estimulado durante os exercĂcios complexos, como agachamento, afundo, levantamento terra, etc, nĂŁo hĂĄ porque inserir exercĂcios de isolamento em seu treino. Seria um aumento de volume desnecessĂĄrio e atĂ© mesmo prejudicial, pois o trabalho de baixa intensidade e longa duração pode interferir negativamente nos ganhos de força e massa muscular (Leveritt et al., 1999; Nader, 2006).
Existem tambĂ©m fortes evidĂȘncias prĂĄticas que deixam clara sua falta de necessidade. Por exemplo, atletas de ambos os sexos, como velocistas, saltadores e levantadores de peso atingem os maiores volumes de glĂșteo que se pode encontrar entre os seres humanos e treinam basicamente com exercĂcios complexos. Ou serĂĄ que alguĂ©m consegue imaginar o Ben Johnson, Usain Bolt, Yelena Isinbayeva, Ana Claudia Lemos, Keila Costa ou Maurren Maggi, treinando em quatro apoios com uma caneleira na perna??
Enfim, diante das evidĂȘncias teĂłricas e prĂĄticas que apontam para a ineficiĂȘncia, e atĂ© mesmo do potencial efeito negativo, dos exercĂcios em isolamento para glĂșteos, em especial os realizados com caneleiras, recomenda-se que os mesmos nĂŁo sejam utilizados pelos praticantes de musculação que buscam melhorar a estĂ©tica e a função dessa musculatura. Dessa forma, os praticantes de musculação podem poupar tempo e obter melhores resultados eliminando tais movimentos de seus treinos.
ReferĂȘncias bibliogrĂĄficas
Boren K, Conrey C, Le Coguic J, Paprocki L, Voight M & Robinson TK. (2011). Electromyographic analysis of gluteus medius and gluteus maximus during rehabilitation exercises. Int J Sports Phys Ther 6, 206-223.
Bryanton MA, Kennedy MD, Carey JP & Chiu LZ. (2012). Effect of Squat Depth and Barbell Load on Relative Muscular Effort in Squatting. J Strength Cond Res.
Campos GE, Luecke TJ, Wendeln HK, Toma K, Hagerman FC, Murray TF, Ragg KE, Ratamess NA, Kraemer WJ & Staron RS. (2002). Muscular adaptations in response to three different resistance-training regimens: specificity of repetition maximum training zones. Eur J Appl Physiol 88, 50-60.
Caterisano A, Moss RF, Pellinger TK, Woodruff K, Lewis VC, Booth W & Khadra T. (2002). The effect of back squat depth on the EMG activity of 4 superficial hip and thigh muscles. J Strength Cond Res 16, 428-432.
Escamilla RF, Francisco AC, Fleisig GS, Barrentine SW, Welch CM, Kayes AV, Speer KP & Andrews JR. (2000). A three-dimensional biomechanical analysis of sumo and conventional style deadlifts. Med Sci Sports Exerc 32, 1265-1275.
Escamilla RF, Francisco AC, Kayes AV, Speer KP & Moorman CT, 3rd. (2002). An electromyographic analysis of sumo and conventional style deadlifts. Med Sci Sports Exerc 34, 682-688.
Flanagan SP & Salem GJ. (2008). Lower extremity joint kinetic responses to external resistance variations. J Appl Biomech 24, 58-68.
Fry AC. (2004). The role of resistance exercise intensity on muscle fibre adaptations. Sports Med 34, 663-679.
Gentil P. (2011). Bases CientĂficas do Treinamento de Hipertrofia. Editora Sprint, Rio de Janeiro.
Leveritt M, Abernethy P, Barry B & Logan P. (1999). Concurrent strength and endurance training. A review. Sports Med 28, 413-427.
Massey CD, Vincent J, Maneval M & Johnson JT. (2005). Influence of range of motion in resistance training in women: early phase adaptations. J Strength Cond Res 19, 409-411.
McCaw ST & Melrose DR. (1999). Stance width and bar load effects on leg muscle activity during the parallel squat. Med Sci Sports Exerc 31, 428-436.
Nader GA. (2006). Concurrent strength and endurance training: from molecules to man. Med Sci Sports Exerc 38, 1965-1970.
Rocha Jr VA, Gentil P, Oliveira E & Carmo J. (2007). Comparação entre a atividade EMG do peitoral maior, deltĂłide anterior e trĂceps braquial durante os exercĂcios supino reto e crucifixo. Rev Bras Med Esporte 13, 51-54.
Rogers RA, Newton RU, Mcevoy KP, Popper EM, Doan BK, Shim JK, Bolt LR, Volek JS & Kraemer WJ. (2000). The Effect of Supplemental Isolated Weight-Training Exercises on Upper-Arm Size and Upper-Body Strength. In NSCA Conference, pp. 369.
Shields RK, Madhavan S, Gregg E, Leitch J, Petersen B, Salata S & Wallerich S. (2005). Neuromuscular control of the knee during a resisted single-limb squat exercise. Am J Sports Med 33, 1520-1526.
Signorile JF, Weber B, Roll B, Caruso JF, LOWEN-STEYN I & Perry AC. (1994). An electromyographical comparison of the squat and knee extension exercises. J Strength Cond Res 8, 178-183.
Weiss LW, Frx AC, Wood LE, Relyea GE & Melton C. (2000). Comparative Effects of Deep Versus Shallow Squat and Leg-Press Training on Vertical Jumping Ability and Related Factors. J Strength and Cond Res 14, 241-247.
No entanto, dentro das academias se criou a cultura de trabalhar o glĂșteo mĂĄximo de uma maneira totalmente diferente dessa proposta, utilizando-se pouca carga e muitas repetiçÔes em exercĂcios de isolamento, como a extensĂŁo de quadril em quatro apoios. Interessante notar que a exaltação desse exercĂcio Ă© quase uma exclusividade brasileira, uma invenção que se tornou febre e virou presença obrigatĂłria nos treinos femininos. Mas a utilização de exercĂcios de isolamento para glĂșteos Ă© algo extremamente questionĂĄvel do ponto de vista tĂ©cnico. Alguns aspectos a se considerar sĂŁo:
⹠Ativação muscular
Em um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Belmont, foi analisada a atividade eletromiogrĂĄfica do glĂșteo mĂĄximo em 24 pessoas durante diferentes exercĂcios. De acordo com os resultados, dentre os exercĂcios dinĂąmicos, o que promoveu o maior recrutamento foi o agachamento realizado com uma perna. A popular extensĂŁo de quadril em quatro apoios ficou para trĂĄs, empatada o stiff. Por curiosidade, o agachamento unilateral (prĂłximo ao exercĂcio conhecido como afundo ou avanço), promoveu recrutamento elevado tanto do glĂșteo mĂĄximo quanto mĂ©dio, superando tanto o exercĂcio em quatro apoios quanto os exercĂcios de abdução de quadril em decĂșbito lateral (Boren et al., 2011), ou seja, valeria mais fazer ele do que os outros dois juntos.
Importante destacar que esses testes foram realizados com cargas mĂnimas e sem a observação de alguns parĂąmetros que utilizamos na sala de musculação com o intuito de tornar o exercĂcio ainda mais eficiente, como amplitude de movimento e controle de velocidade. Portanto, se pensarmos nos exercĂcios conforme eles sĂŁo executados na academia, certamente as diferenças em favor do agachamento e do stiff seriam ainda maiores!
Nesse sentido, deve-se reforçar que a participação do glĂșteo mĂĄximo no agachamento Ă© maior quanto maior for a amplitude de movimento. A contribuição do glĂșteo mĂĄximo no agachamento parcial Ă© de 17%, no agachamento atĂ© as coxas ficarem paralelas ao solo Ă© de 28% e chega a 35% no agachamento completo, sendo que, nesse Ășltimo caso, o glĂșteo mĂĄximo Ă© o principal mĂșsculo envolvido no movimento, Ă frente, inclusive, dos mĂșsculos do quadrĂceps (Caterisano et al., 2002). Outro ponto importante Ă© que, durante o agachamento, a musculatura posterior passa a ser mais envolvida quando se utiliza sobrecargas, ou seja, a produção de força Ă© importante (Shields et al., 2005). Inclusive, estudos anteriores verificaram que o aumento de carga no agachamento faz com que haja maior trabalho dos glĂșteos do que dos extensores de joelho (Flanagan & Salem, 2008; Bryanton et al., 2012). A sugestĂŁo Ă© que os mĂșsculos do quadrĂceps seriam totalmente ativados e, para conseguir vencer sobrecargas maiores, os glĂșteos entrariam em ação. Portanto, para envolver a musculatura da cadeia posterior, incluindo os glĂșteos, Ă© importante, usar grandes amplitudes e se trabalhar com cargas elevadas.
Cabe fazer uma pequena observação com relação Ă s variaçÔes do agachamento realizadas com o intuito de enfatizar o trabalho dos mĂșsculos do quadril. Estudos anteriores envolveram anĂĄlises biomecĂąnicas e eletromiogrĂĄficas e verificaram que o grande afastamento dos pĂ©s nĂŁo favorece o trabalho de glĂșteo e nem dos mĂșsculos adutores (McCaw & Melrose, 1999; Escamilla et al., 2000; Escamilla et al., 2002). Inclusive, se pensarmos que hĂĄ maior envolvimento do glĂșteo com o maiores Ăąngulos de flexĂŁo do joelho e quadril, pode-se sugerir que o uso dos pĂ©s muito afastados diminui o trabalho do glĂșteo, por diminuir a amplitude de movimento.
âą Amplitude de movimento e alavancas
Um grande problema dos exercĂcios de isolamento para glĂșteos Ă© a dificuldade de se trabalhar com grandes amplitudes. Durante os exercĂcios com caneleiras, realizados com o joelho flexionado, por exemplo, o braço de resistĂȘncia torna-se muito pequeno ao final da fase excĂȘntrica. JĂĄ quando o trabalho Ă© realizado com o joelho estendido, a musculatura nĂŁo Ă© adequadamente alongada pois o pĂ© baterĂĄ no solo. Em ambos os casos, a redução da amplitude do movimento prejudica os resultados obtidos com o treino, tendo em vista que essa variĂĄvel Ă© extremamente importante para os ganhos de força e massa muscular (Weiss et al., 2000; Massey et al., 2005; Gentil, 2011).
âą Possibilidade de intensificar o exercĂcio
Outro grave problema dos exercĂcios de isolamento Ă© a limitação que se tem no trabalho com grandes intensidades. AlĂ©m do que foi falado anteriormente sobre a importĂąncia da sobrecarga para o caso especĂfico do glĂșteo, deve-se lembrar que, de uma forma geral, para se obter ganhos de massa muscular, Ă© essencial que o mĂșsculo seja estimulado com intensidades adequadas (Gentil, 2011), no entanto, durante os exercĂcios de isolamento de glĂșteos hĂĄ muita dificuldade em conseguir esse trabalho devido Ă interferĂȘncia causada pela fadiga de mĂșsculos posturais e estabilizadores, bem como a dificuldade em se utilizar implementos adequados. Como solução, normalmente se trabalha com margens muito elevadas de repetiçÔes e cargas baixas (treinos com 30 repetiçÔes submĂĄximas, por exemplo) uma estratĂ©gia que nĂŁo funciona para hipertrofia em mĂșsculo algum. As evidĂȘncias cientĂficas sĂŁo claras ao demonstrar que treinos com cargas leves e muitas repetiçÔes promovem poucos ganhos de força e massa muscular (Campos et al., 2002; Fry, 2004; Gentil, 2011).
Por fim o prĂłprio conceito de exercĂcios de isolamento Ă© frĂĄgil. Deve-se deixar claro que a utilização dos exercĂcios de isolamento nĂŁo fornece vantagem em relação aos exercĂcios multi-articulares, seja com relação Ă ativação, aos ganhos de força ou de massa muscular (Signorile et al., 1994; Rogers et al., 2000; Rocha Jr et al., 2007).
Se o glĂșteo Ă© bem estimulado durante os exercĂcios complexos, como agachamento, afundo, levantamento terra, etc, nĂŁo hĂĄ porque inserir exercĂcios de isolamento em seu treino. Seria um aumento de volume desnecessĂĄrio e atĂ© mesmo prejudicial, pois o trabalho de baixa intensidade e longa duração pode interferir negativamente nos ganhos de força e massa muscular (Leveritt et al., 1999; Nader, 2006).
Existem tambĂ©m fortes evidĂȘncias prĂĄticas que deixam clara sua falta de necessidade. Por exemplo, atletas de ambos os sexos, como velocistas, saltadores e levantadores de peso atingem os maiores volumes de glĂșteo que se pode encontrar entre os seres humanos e treinam basicamente com exercĂcios complexos. Ou serĂĄ que alguĂ©m consegue imaginar o Ben Johnson, Usain Bolt, Yelena Isinbayeva, Ana Claudia Lemos, Keila Costa ou Maurren Maggi, treinando em quatro apoios com uma caneleira na perna??
Enfim, diante das evidĂȘncias teĂłricas e prĂĄticas que apontam para a ineficiĂȘncia, e atĂ© mesmo do potencial efeito negativo, dos exercĂcios em isolamento para glĂșteos, em especial os realizados com caneleiras, recomenda-se que os mesmos nĂŁo sejam utilizados pelos praticantes de musculação que buscam melhorar a estĂ©tica e a função dessa musculatura. Dessa forma, os praticantes de musculação podem poupar tempo e obter melhores resultados eliminando tais movimentos de seus treinos.
ReferĂȘncias bibliogrĂĄficas
Boren K, Conrey C, Le Coguic J, Paprocki L, Voight M & Robinson TK. (2011). Electromyographic analysis of gluteus medius and gluteus maximus during rehabilitation exercises. Int J Sports Phys Ther 6, 206-223.
Bryanton MA, Kennedy MD, Carey JP & Chiu LZ. (2012). Effect of Squat Depth and Barbell Load on Relative Muscular Effort in Squatting. J Strength Cond Res.
Campos GE, Luecke TJ, Wendeln HK, Toma K, Hagerman FC, Murray TF, Ragg KE, Ratamess NA, Kraemer WJ & Staron RS. (2002). Muscular adaptations in response to three different resistance-training regimens: specificity of repetition maximum training zones. Eur J Appl Physiol 88, 50-60.
Caterisano A, Moss RF, Pellinger TK, Woodruff K, Lewis VC, Booth W & Khadra T. (2002). The effect of back squat depth on the EMG activity of 4 superficial hip and thigh muscles. J Strength Cond Res 16, 428-432.
Escamilla RF, Francisco AC, Fleisig GS, Barrentine SW, Welch CM, Kayes AV, Speer KP & Andrews JR. (2000). A three-dimensional biomechanical analysis of sumo and conventional style deadlifts. Med Sci Sports Exerc 32, 1265-1275.
Escamilla RF, Francisco AC, Kayes AV, Speer KP & Moorman CT, 3rd. (2002). An electromyographic analysis of sumo and conventional style deadlifts. Med Sci Sports Exerc 34, 682-688.
Flanagan SP & Salem GJ. (2008). Lower extremity joint kinetic responses to external resistance variations. J Appl Biomech 24, 58-68.
Fry AC. (2004). The role of resistance exercise intensity on muscle fibre adaptations. Sports Med 34, 663-679.
Gentil P. (2011). Bases CientĂficas do Treinamento de Hipertrofia. Editora Sprint, Rio de Janeiro.
Leveritt M, Abernethy P, Barry B & Logan P. (1999). Concurrent strength and endurance training. A review. Sports Med 28, 413-427.
Massey CD, Vincent J, Maneval M & Johnson JT. (2005). Influence of range of motion in resistance training in women: early phase adaptations. J Strength Cond Res 19, 409-411.
McCaw ST & Melrose DR. (1999). Stance width and bar load effects on leg muscle activity during the parallel squat. Med Sci Sports Exerc 31, 428-436.
Nader GA. (2006). Concurrent strength and endurance training: from molecules to man. Med Sci Sports Exerc 38, 1965-1970.
Rocha Jr VA, Gentil P, Oliveira E & Carmo J. (2007). Comparação entre a atividade EMG do peitoral maior, deltĂłide anterior e trĂceps braquial durante os exercĂcios supino reto e crucifixo. Rev Bras Med Esporte 13, 51-54.
Rogers RA, Newton RU, Mcevoy KP, Popper EM, Doan BK, Shim JK, Bolt LR, Volek JS & Kraemer WJ. (2000). The Effect of Supplemental Isolated Weight-Training Exercises on Upper-Arm Size and Upper-Body Strength. In NSCA Conference, pp. 369.
Shields RK, Madhavan S, Gregg E, Leitch J, Petersen B, Salata S & Wallerich S. (2005). Neuromuscular control of the knee during a resisted single-limb squat exercise. Am J Sports Med 33, 1520-1526.
Signorile JF, Weber B, Roll B, Caruso JF, LOWEN-STEYN I & Perry AC. (1994). An electromyographical comparison of the squat and knee extension exercises. J Strength Cond Res 8, 178-183.
Weiss LW, Frx AC, Wood LE, Relyea GE & Melton C. (2000). Comparative Effects of Deep Versus Shallow Squat and Leg-Press Training on Vertical Jumping Ability and Related Factors. J Strength and Cond Res 14, 241-247.
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16 dezembro 2014
6 opçÔes para subistituir o sal refinado
CONHEĂA 6 SUBSTITUTOS DO SAL REFINADO
Muita gente corta o sal da dieta e não sabe o que usar no lugar, existem algumas opçÔes, escolha uma.
1) Gersal â mix de sal marinho com gergelim torrado e moĂdo, rico em cĂĄlcio.
2) Flor de Sal - pequenos cristais brancos ricos em minerais, muito usado por chefs de cozinha.
3) Sal de Ervas â mix de sal... marinho com ervas desidratadas moĂdas.
4) Sal Rosa do Himalaia Grosso â sal extraĂdo do Himalaia com 84 minerais diferentes.
5) Sal Rosa do Himalaia Fino â sal extraĂdo do Himalaia com 84 minerais diferentes.
6) Sal de Ervas Premium - mix de sal do himalaia fino com especiarias finas desidratadas moĂdas.
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